O ser humano é criativo, por vezes suas criações são maravilhosas, por outras desastrosas. Se formos olhar para a história da humanidade, veremos uma biblioteca de criações humanas, e uma infinidade de filósofos, sociólogos, defensores dos direitos humanos, psicólogos debatendo questões por vezes já solucionadas pela própria natureza. Mas muitos humanos não se contentam com as evidências, não se contentam com o “Eu Sou” como a definição da natureza, não se contenta com a realidade dos fatos, tende a confeccionar suas ideologias e doutrinas, por vezes vãs sem sentido, mas o que dizer do sentido se relativizarmos o sentido nada mais terá sentido, ou, tudo pode mudar de sentido, basta você desejar.
Não nos importamos mais com o equilíbrio natural das coisas, pois o “natural” se tornou opressor, o ser humano quer impor por força de palavras e militância um novo lugar para o natural ainda que isso signifique um desequilíbrio da natureza humana futura.
Passamos por um conflito de posições no tocante a doutrina judaico-cristã em contraposição á nova busca da autenticidade, identidade da chamada ideologia do gênero.
Não quero criar celeumas com este texto, apenas mostrar como o a religião Judaico -Crista pensa a respeito dessa família, desse homem e dessa mulher. Vale salientar que: quando falamos em cristãos falamos em pelo menos 89% da população nacional contando com evangélicos, católicos, outras religiões e pessoas que são sim conservadoras no sentido de preservar sua história, sua tradição, cultura e sua natureza biológica humana, conservar o modelo de conduta de amor ensinado pelo Deus que servimos.
Neste texto apenas quero mostrar porque para cristãos é impossível pensar no Gênero como algo igual fazendo parte da natureza sexual humana a intensão é esclarecer que para um Cristão ter que aceitar a Ideologia de gênero como verdade é negar a existência de Deus, e da natureza observável.
Mas o que a fé judaico-cristã pensa sobre este homem, esta mulher e sua família? Vamos analisar a Bíblia Sagrada, o código de ética dos judeus e dos cristãos. Logo no inicio encontraremos em Gêneses 2 e versículos, a ideia do criador, de DEUS, no tocante ao ser que o mesmo criou, ou seja, o homem e a mulher, vejamos:
Gênesis 2: 7 “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. 18 E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele”
Deus dá origem ao homem, e deste criará uma AJUDADORA – NÃO AJUDADOR – o que deixa claro que está falando sobre masculino e feminino, ou seja, de sexo, que são opostos e que se completam. Mais a seguir Ele continua:
Gênesis 2:22 “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. 23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. 24 Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e será ambos uma carne”.
Não há como negar ou manipular o que está escrito na Biblia sagrada e inscrito na natureza humana. Deus deixa clara a formação do homem e mulher, e assim define o conceito de sexo masculino e feminino, questão ligada à natureza, à própria biologia, à fisiologia, etc. A civilização, partiu desse dogma, a confirmação intelectual e científica veio com a chamada teoria de Darwim que outrora nega Deus, mas reafirma através de sua teoria da seleção natural, da que atesta que a evolução das espécies, só se consolida, somente é possível, mediante a procriação entre um homem e uma mulher, um macho e uma fêmea, sem que tivesse a intenção de exaltar ou endossar a criação Divina.
Deus criou seu povo, sua evolução só foi possível com a organização social e pelo casamento heterossexual, assim foi determinado por Ele e pela natureza humana. Tudo que é evidente não necessita ser provado.
O desenvolvimento natural de homem e mulher nos é trazido quando da orientação que homem e mulher serão uma só carne. Dentre vários prismas de interpretação que podemos trabalhar, iremos atentar apenas ao que toca a formulação de família. Neste ponto começamos a observar o conteúdo lógico, ou seja, homem, mulher, sexos e união.
Há um grande conflito aqui, pois ideologia como o próprio Karl Marx – o tão venerado e adorado mestre dos revolucionários e progressistas – ideologia era uma “falsa consciência” e não um conjunto de ideias. E o “falso” discurso vê as coisas não como elas são de fato, mais de maneira invertida, de maneira diferente e deturpada. Isso serve para tudo, mas aqui vou me ater à sexualização como forma de prazer. “Ideologia da cultura sexual”.
Deus é lógica, é matemática, é biologia, é a evolução da humanidade. Deus não é ideologia, não se serve nem se presta a falácias.
A violência intelectual sofrida pelos que não aceitam a ideologia de gênero, não apenas por uma questão de fé, mas de opinião baseado em evidências jamais pode ser interpretada como preconceito. Pois essa é a grande falácia da atualidade, e é tão violenta quanto a tal homofobia que pregam. Podemos sim conviver com as pessoas e com as sexualidades ideologizadas, porém o cristianismo tem sua ideologia enraizada na fé, na cultura, na tradição e na biologia e é esta que acreditamos e queremos viver, mas podemos sim respeitar o outro, e queremos sim sermos respeitados além de nossa fé. Isso seria o ideal de sociedade. Direitos humanos para todos é um desafio, mas é possível.
Marisa Lobo, psicóloga, teóloga e especialista em Saúde Mental e Direitos Humanos.